Archive for março \16\America/Sao_Paulo 2011

Saint Patrick’s Day

Dia de São Patrício

Nome oficial     Saint Patrick’s Day (inglês)
Lá Fhéile Pádraig (irlandês)
Também chamado por   St. Paddy’s Day

Data     17 de Março
Observações:     Celebra a vida santificada de São Patrício (385-461). Missas e outros rituais católicos, paradas em homenagem a São Patrício, uso de trevos e trajes verdes, consumo de cerveja e whisky irlandês.

Dia de São Patrício (em inglês: Saint Patrick’s Day, em irlandês: Lá ’le Pádraig ou Lá Fhéile Pádraig), é a festa anual que celebra São Patrício, um dos padroeiros da Irlanda, e é normalmente comemorado no dia 17 de Março pelos países que falam a língua inglesa. Essa data é normalmente medida pela autoridade da Igreja. As pessoas vestem-se de trajes verdes, saindo as ruas em uma longa caminhada festiva.

No Saint Patrick’s day as pessoas usam verde por que São Patrício usava um trevo de três folhas para explicar sobre a trindade: Pai , Filho e Espírito Santo
O primeiro “Saint Patrick’s Festival” foi realizado no dia 17 de Março de 1996. Em 1997, tornou-se um evento de três dias, e em 2000 foi um evento de quatro dias. Em 2006, o festival durou cinco dias.

No passado, o Dia de São Patrício era apenas uma celebração da cerveja. Tornou-se um feriado público no ano de 1903. Na Inglaterra, foi introduzido no Parlamento pelo irlandês James O’Mara. Mais tarde, O’Mara introduziu a lei que proibia que os pubs fechassem no dia 18 de Março, uma providência que só foi mudada nos anos 70. A primeira manifestação ocorreu em Dublin, no ano de 1931, e foi criticada pelo ministro Fitzgerald.

Pouco se sabe da vida de Patrício, apesar de ser notório seu nascimento na Bretanha Romana no século IV, em uma rica família Romano-Bretã. Seu pai e avô foram diáconos na Igreja. Aos dezesseis anos, ele foi raptado por piratas irlandeses e levado para a Irlanda como um escravo. Acredita-se que ele ficou em cativeiro em algum lugar na costa oeste da Irlanda, possivelmente em Mayo, mas o local exato é desconhecido. De acordo com sua confissão, Deus lhe disse, em sonhos, para fugir de seu cativeiro para o litoral, onde ele iria embarcar em um navio e retornar a Bretanha. Em seu retorno, logo se juntou à Igreja em Auxerre, para se tornar padre.

Em 432, alegou ter recebido um chamado para regressar a Irlanda, porém como bispo, para a evangelização dos irlandeses. O folclore irlandês alega que um de seus métodos de evangelização incluia o uso de um trevo de três folhas para explicar a doutrina da Santíssima Trindade para os irlandeses. Depois de quase trinta anos de evangelização, Patrício faleceu no dia 17 de março de 461, e, de acordo com a tradição, foi enterrado em Downpatrick. Apesar do êxito de várias missões à Irlanda empregadas por Roma, Patrício perdurou como o campeão principal do cristianismo irlandês e é bastante estimado pela Igreja Católica irlandesa e de todo o mundo.

A cor verde

Originalmente, a cor associada a São Patrício era azul. Com o passar dos anos a cor verde e sua ligação com o dia de São Patrício aumentou. Fitas verdes e trevos eram usados nas celebrações do dia de São Patrício no século XVII. Dizem que São Patrício usou o trevo para explicar a Santíssima Trindade aos pagãos celtas, com isso, o uso de trevos de três folhas e similares estão intimamente ligados aos festejos. Na rebelião irlandesa de 1798, na esperança de propagar seus ideais políticos, soldados irlandeses vestiram uniformes verdes no dia 17 de março na esperança de chamar a atenção pública à rebelião. A expressão irlandesa “the wearing of the green” (Vestindo o verde), significa usar um trevo ou então outra peça de roupa em referência aos soldados rebeldes.

Um líder em meio ao desastre

É difícil começar um texto que pretende falar de um desastre em que mais de 1 mil pessoas morreram (em números oficiais que devem aumentar). É complicado entender como podem duas placas se moverem e destruirem tanto. Acordamos na sexta-feira, dia 11 de março, e tivemos a ingrata surpresa de imagens como essa:

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Ka, tem um papel importantíssimo nos próximos dias. Ele é o líder oficial e é quem pode ou não fazer do pós-Terremoto/Tsunami outro desastre. Em um discurso ele disse algo que me chamou muita atenção:

“Se nós, o povo japonês, podemos superar estas adversidades, isto depende de cada um de nós, cidadãos japoneses […] Acredito que podemos superar este grande terremoto e tsunami se nos unirmos” (li aqui)

Ao mesmo tempo que ele diz que cada um tem que fazer sua parte ele chama a população para a união. Ele sabe que só a união fará a força. Os japoneses já passaram por um grande desastre, no meio século passado: a segunda guerra mundial. E daí tiraram muitas lições. O próprio primeiro-ministro afirma que “Este terremoto e tsunami, e também a situação que diz respeito à usina nuclear, são talvez a as adversidades mais difíceis que enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial, em 50 anos.”

Um bom líder – e ao meu ver Naoto Ka tem sido um diante do cenário que ele se encontra – consegue inspirar pessoas por um bem comum. É claro que no caso japonês há uma situação que já faz as pessoas naturalmente se unirem. Vimos isso no Rio de Janeiro, no começo do ano, em Nova Orleans… Mas há um ponto que precisamos nos ater: sem um bom líder o pós-tragédia vira uma tragédia ainda pior.

É preciso motivar as pessoas depois do destrastre para que as coisas voltem ao normal. Mas o mais importante (e daí vem a grande lição) é saber aprender com um desastre. E quem pode fazer isso? Um líder. Se ele souber motivar e dar continuidade a essa motivação, as pessoas aprenderão. O próprio processo que vem em seguida é um aprendizado. Sejamos sinceros: será que nós braileiros conseguimos aprender algo com nossos desastres (que são muitos)? Acho que nos faltam bons líderes.

 

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